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Decisão de Desinvestimento

 

Uma decisão simples de desinvestimento: O melhor momento

 

A lógica e ferramentas da Avaliação de Opções Reais aplicam-se também às decisões de desinvestimento. As técnicas tradicionas sugerem que os decisores devem desinvestir sempre que o DCF (discounted cash flow) < 0. Mas, tal como no caso do investimento, isto não é seguido na prática. Nós também mostramos isto numa aplicação analítica simples a um desinvestimento.

 

No caso de um desinvestimento, se o Valor de Liquidação (valor dos activos em caso da liquidação do negócio) existir, então a regra do DCF transforma-se em: DCF < Valor de Liquidação. Neste caso, assumimos que o valor de liquidação é zero. No entanto, as conclusões que são tiradas neste caso podem ser facilmente extendidas para um caso em que o valor de liquidação é diferente de zero.

 

A razão pela qual a regra do DCF não é seguida na prática é que as condições económicas podem reverter: um negócio com DCF negativo pode começar a gerar cash flows positivos. Consideremos o caso de um negócio que neste momento tem um DCF negativo. Na Figura 3, apresentamos 5 possíveis caminhos para cash flows  a partir de hoje. Dois desses caminhos são positivos, um é médio, e outros dois são maus. Se a empresa desinvestir hoje, ela perde a possibildade de ver como as condições económicas evoluem: a empresa perde a Opção Real de Aguardar por Informação. Qual é, então, a melhor escolha? Desinvestir hoje ou esperar?

Possible paths of discounted cash flows

Valor

Figura 3

Tempo

Momento de decisão

Uma decisão simples de desinvestimento: Outras decisões relevantes

 

Outras decisões também são relevantes para um desinvestimento. Por exemplo, se por desinvestir a empresa perde a possibilidade de investir noutros negócios, ela perde uma Opção Real.

 

Consideremos dois exemplos dessas Opções Reais. 

 

A empresa considera dois negócios (A e B) com o mesmo DCF e o mesmo risco mas com localizações diferentes: O Negócio B é um investimento recente num país estrangeiro, enquanto que o Negócio A é um negócio no país de origem.

 

O Negócio B permite à empresa testar a procura num novo país, enquanto que o Projecto A é um negócio numa área de negócio já explorada pela empresa. Noutras palavras, enquanto que o Negócio A não oferece nenhuma Opção Real à empresa, o Negócio B oferece a Opção Real de Expandir para um país estrangeir. A empresa está indiferente entre os dois negócios?

 

Um decisor experiente consideraria a possibilidade do Negócio B poder gerar um grande retorno para a empresa caso consiga aumentar o reconhecimento da marca no estrangeiro. Por isso, o Negócio B é mais atractivo, e portanto, um pior candidato para desinvestimento do que o Negócio A.

 

No entanto, este poderia não ser o caso se a empresa considerasse que as condições de negócio no caso do Negócio A fossem mais facilmente revertíveis por a empresa conhecer melhor o mercado. Também poderia não ser o caso se a o Valor de Liquidação dos dois negócios não fosse o mesmo. O melhor método para então ponderar estes factores é a Avaliação de Opções Reais.

 

Outra Opção Real que poderá ser relevante para o desinvestimento é a Opção Real para Expandir a escala de produção. Consideremos duas fábricas (A e B) que produzem o mesmo bem. As Fábricas A e B têm os mesmos custos e a a mesma estrutura de custos, têm o mesmo valor de liquidação, mas a Fábrica B tem uma capacidade produtiva maior do que a Fábrica A. A procura actual é agora escassa para manter as duas fábricas. Qual deve ser fechada?

 

Caso as condições económicas melhorem, a empresa tem a Opção Real de reescalar a produção sem custos adicionais caso mantenha a Fábrica B. Ela não tem essa opção caso mantenha a Fábrica A. Portanto, a maior flexibilidade da Fábrica B torna-a uma melhor alternativa para continuar aberta.

 

Mas e se a Fábrica B tem mais custos? E se o valor de Liquidação da Fábrica B é maior? Nesse caso, a decisão depende da probabilidade que a procura suba, da diferença entre os valores de liquidação, das necessidades financeiras da empresa e de ainda outros factores. O objectivo da Avaliação de Opções Reais é determinar a importância relativa desses factores para determinar a melhor decisão.

 

As Opções Reais de aguardar por informação, de expandir, e outras fazem parte do pensamento estratégico de um decisor experiente. A Avaliação de Opções Reais cria valor ao traduzir com precisão a intuição estratégica em números. O objectivo da Watson & Noble é aplicar o nosso conhecimento na Avaliação de Opções Reais para ajudar os nossos clientes a tomar melhores decisões na melhor altura.

Possible paths of discounted cash flows

Valor

Figura 4

Tempo

Momento de decisão

Neste caso, parece razoável esperar mais algum tempo para verificar se as condições económicas evoluem favoravelmente. No entanto, para executar uma análise cuidadosa desta decisão é necessária a Avaliação de Opções Reais. Este framework contrasta as perdas de manter o negócio aberto com a possibilidade de obter ganhos caso as condições económicas revertam e o negócio comece a gerar cash flows positivos. 

 

A regra de ouro da Avaliação de Opções Reais para o caso do desinvestimento é, entao: a empresa deve desinvestir apenas quando evitar perdas no presente excede o potencial ganho de as condições económicas melhorarem; isto é, a empresa deve apenas desinvestir quando os cash flows são negativos o suficiente para que a probabilidade de reversão seja baixa.

 

Na Figura 4 consideramos outro negócio que também gera prejuízos que são maiores do que no caso anterior. Neste caso, a probabilidade de reversão é mais baixa e os custos de manter o negócio aberto são maiores. Este negócio é portanto um melhor candidato para um bom desinvestimento. Mas para ter a certeza, é novamente necessário técnicas mais avançadas de análise que contrastam todos os ganhos e todas as perdas de proceder com o desinvestimento. Estas técnicas são aplicadas pela Watson & Noble. 

© 2017 WATSON & NOBLE

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